Nesta terça-feira (30), o Cirque du Soleil, grupo de entretenimento canadense, obteve proteção judicial contra credores concedida por um tribunal na província de Québec. A medida foi necessária devido à pandemia de Covid-19, que levou o circo a cancelar apresentações e demitir artistas.
Originário de Montreal, o Cirque du Soleil cresceu a partir de uma trupe de artistas de rua nos anos 1980, tornando-se uma empresa reconhecida globalmente. Contudo, a crise atual obrigou a dispensa de 95% de seus funcionários e a suspensão de shows. O pedido de recuperação judicial foi protocolado na segunda-feira, e o tribunal concedeu proteção por 10 dias, enquanto a empresa busca reconhecimento imediato nos Estados Unidos.
A companhia fechou um acordo com seus atuais investidores, o fundo de private equity TPG Capital, a chinesa Fosun International e o fundo de pensão canadense Caisse de depot et placement du Québec. Segundo o acordo, o grupo assumirá os compromissos do Cirque du Soleil e investirá 300 milhões de dólares para a retomada das atividades.
Este acordo representa uma proposta inicial em um processo de venda e solicitação de investimentos, sujeito à aprovação do tribunal. No entanto, os credores podem não aceitar o acordo, o que poderia resultar em detentores de dívida recebendo aproximadamente 45% de participação na empresa reestruturada, conforme relatado pela Reuters na segunda-feira.
